Tolerância religiosa. Inácio José do VALE

21 de Janeiro “Dia Mundial da Religião”

No Brasil também se comemora, nesta mesma data, o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, que foi instituído pela Lei Federal nº 11.635, de 2007.

“A tolerância é a melhor das religiões”, afirmou o renomado escritor francês Victor Hugo (1802-1885), que foi um romancista, poeta, dramaturgo, ensaísta, artista, estadista e ativista pelos direitos humanos de grande atuação política em seu país.

É a partir desse célebre pensamento que o respeito pela dignidade humana, sua liberdade de professar as suas crenças e em prol da tolerância, deve-se afastar radicalmente de qualquer forma de fanatismo, fundamentalismo e de extremismo religioso. Para quem professa a fé, não há espaço para intolerância religiosa, e sim, pelo espaço que é todo tomado pela caridade, pela amizade e pela paz.

“Mesmo que se alguém quisesse, não poderia nunca crer por ordem de outra pessoa. É a fé que dá força e eficácia à verdadeira religião que leva à salvação”, escreveu o filósofo e educador inglês John Locke (1632-1704), que defendia a liberdade intelectual e a tolerância religiosa. Para ele, há uma vida pacífica explicada pelo reconhecimento dos homens por serem livres e iguais.

John Locke ao defender a tolerância religiosa partindo da separação entre Estado e Igreja e estabelecendo funções diferentes para cada uma dessas instituições, assim como poderes próprios para a realização de suas devidas funções. O pensamento de Locke sobre tolerância religiosa encontra-se, em suas Cartas sobre tolerância de 1689.

Para entendermos o que a tolerância religiosa quer dizer, é importante compreendermos o conceito do termo tolerância e como ele é aplicado para o caso do respeito entre religiões, crenças e espiritualidades.

Um ato pode ser considerado como tolerante quando respeita e aceita as divergências nos diversos âmbitos da vida. A partir dessa concepção, pode-se entender que a tolerância religiosa se relaciona com o respeito mútuo e a aceitação da existência de diversas crenças religiosas.

A tolerância religiosa se trata do ato de aceitar e consentir sobre a existência de diferentes religiões, em que o respeito aos seus cultos e convicções são preservados. Como consequência, essa tolerância pode ser vista como fundamental para que a liberdade religiosa seja protegida e preservada.

Desde a publicação da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), em 1948, pela Organização das Nações Unidas (ONU), a liberdade religiosa é reconhecida em nível internacional como parte dos direitos humanos. Assim, o direito à liberdade religiosa garante a livre manifestação de crenças, cultos e práticas religiosas, assim como a liberdade de adotar ou não uma religião.

A Declaração sobre a Eliminação de Todas as Formas de Intolerância e Discriminação Fundadas na Religião ou nas Convicções, adotada pela ONU em 1981, expressa que:

A discriminação entre os seres humanos por motivos de religião ou de convicções constitui uma ofensa à dignidade humana e uma negação dos princípios da Carta das Nações Unidas, e deve ser condenada como uma violação dos direitos humanos e das liberdades fundamentais […]”.

O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, 21 de janeiro, foi instituído pela Lei Federal nº 11.635, de 2007, e faz parte do calendário cívico da União.

Em 11 de janeiro de 2023, foi sancionada a Lei 14.532, que tipifica como crime de racismo a injúria racial, prevê pena de suspensão de direitos, em caso de racismo praticado no contexto de atividade esportiva ou artística, e ainda penas para o racismo religioso, recreativo ou praticado por funcionário público.

A profunda meditação sobre a tolerância religiosa na pós-modernidade está abissalmente marcada pela noção da dignidade humana do mais alto respeito, da liberdade de consciência, da ética e do direito. A funcionalidade de crenças e as práticas da fé, servem para promover a caridade, a fraternidade, a radicalidade da paz e a espiritualidade na promoção do bem-estar integral de todos.

Prof. Dr. Inácio José do Vale
Especialista no Ensino de Filosofia e Sociologia pelo Centro Universitário Dr. Edmundo Ulson – Araras/SP.
Doutor em Ciências Sociais da Religião pela American Christian University-USA.


Documento completo em PDF: Tolerância religiosa. Inácio José do VALE

Sâo Charles de FOUCAULD. Inácio José do VALE

21 de Janeiro “Dia Mundial da Religião”

No Brasil também se comemora, nesta mesma data, o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, que foi instituído pela Lei Federal nº 11.635, de 2007.

“A caridade é a essência da religião que obriga o cristão a amar o próximo, isto é todo o ser humano, como a si mesmo”, afirmou São Charles de Foucauld.

“Seguir Jesus é imitar Jesus em tudo, partilhar a sua vida como o faziam a Santíssima Virgem, São José, os apóstolos, isto é, por um lado, conformar como eles a nossa alma à dEle, convertendo o mais possível a nossa alma à sua alma infinitamente perfeita; por outro lado, conformar como eles a nossa vida exterior à dEle, partilhando como eles fizeram, a sua pobreza, a sua humilhação, os seus trabalhos, os seus cansaços, enfim tudo o que foi a parte visível de sua vida… Na dúvida de fazer ou não alguma coisa, perguntar-se o que teria feito Jesus em nosso lugar e fazê-lo. Não imitar tal ou tal santo, mas só a Jesus”, ensina o eremita São Charles de Foucauld.

De forma evangélica magistral o eremita declara: “Não há, creio eu, palavra do Evangelho que mais me tocou profundamente e transformou a minha vida do que esta: ‘Tudo aquilo que fazeis a um destes pequeninos, é a Mim que o fazeis.’ Se pensarmos nestas palavras que são do Verbo não criado, da sua boca que disse ‘Este é o meu Corpo…este é o meu Sangue’, com que força seremos movidos a procurar e a amar Jesus nestes ‘pequeninos’, nestes pecadores, nestes pobres”.

Poema do Eremita São Charles de Foucauld

O eremita do deserto do Saara que com a vida o Evangelho grita!
Homem da eucaristia, de oração, adoração, vigília e da alegria!
Irmão Universal, ecumênico que para todos estende as mãos com bênção celestial.
Silencioso, meditativo, contemplativo, amoroso e bondoso.
De coração total de amor e paixão por Jesus Cristo com palavra e ação.

Seu exemplo é amado, imitado, continua inspirando inúmeros fiéis, seminaristas, diáconos, padres, missionários e bispos pelo seu legado.

Mentor da Espiritualidade de Nazaré que ilumina a vida de trabalho, humildade, caridade, com exemplo apagar a ostentação pelo poder e a busca do último lugar.

Sua obra contempla a Sagrada Família, a missão eclesial, a mística abissal e vai ao encontro do Absoluto numa caminhada evangélica radical – (Frei Inácio José do Vale).

Viver a religião é viver o amor. Caridade, fé, fraternidade, servir em prol do bem-estar do próximo, são práticas essenciais da religião. Religião é emoção por fazer o bem, é amor, paixão, coração e razão!

Prof. Dr. Inácio José do Vale
Especialista no Ensino de Filosofia e Sociologia pelo Centro Universitário Dr. Edmundo Ulson – Araras/SP.
Doutor em Ciências Sociais da Religião pela American Christian University-USA.


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ESTAMOS MESMO BEM! Juan Carlos MARTÍNEZ e Ana URDIALES

Somos uma família numerosa de Cartagena, Espanha, para quem o ano 2020 foi uma oportunidade magnífica, porque “graças” á pandemia de Covid, ao confinamento obrigado e ás restrições de horário nas ruas, pudemos passar mais tempo do que na vida normal desfrutando juntos.

Mas chegou 2021 e, quando parecia que a pandemia começava a ser controlada, iniciou-se uma série de acontecimentos que ameaçavam fazendo a paz familiar. É aí que a nossa frase “Estamos mesmo bem!” tomou mais sentido do que nunca. Esta frase é para nós uma forma de dar graças a Deus, e também uma expressão de abandono, porque temos o pleno convencimento que estamos bem porque estamos nas melhores mãos, que são as de Deus. Sabemos todos o que Carlos de Foucauld quer expressar na Oração de Abandono, que é uma porta á esperança.


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SEJAM FELIZES COMO SACERDOTES. Cardeal Lazzaro YOU HUENG-SIK

Queridos irmãos sacerdotes:

Em primeiro lugar, OBRIGADO pela sua presença aqui, mas muito mais pelo seu serviço ao Povo de Deus, pela sua dedicação às pessoas que é confiado, dia após dia e especialmente na recente pandemia que Foi para nós, ministros de Deus, um tempo que nos colocou teste difícil para todos.

Estou feliz por poder conhecê-lo hoje e ter isso oportunidade de olhar com você a minha vida e a nossa vida. Eu falo com você com o coração aberto, sem formalidades e, portanto, começo com antes de tudo contar algo sobre mim e também depois, de vez em quando quando vou compartilhar com vocês algo sobre minha vida.

Uma opção que deve ser sempre renovada

Quando o Papa Francisco me disse em abril de 2021 que queria chamando-me a Roma para ser Prefeito do Dicastério para o Clero, tomei um susto. Nunca teria imaginado trabalhar um dia no Vaticano, longe de minha terra e longe do meu povo. Na Coreia fui um bispo feliz, empenhados juntamente com a minha diocese num caminho promissor depois do pegadas dos nossos mártires. O Papa Francisco veio até nós em a diocese para a Jornada da Juventude Asiática e surgiu iniciativas interessantes. Também havíamos realizado um Sínodo diocesano
que reunia sacerdotes e leigos, e eu estava construindo uma nova Cúria diocesano.

E veio esse chamado, esse pedido do Papa. Eu disse a ele: “Mas eu sou um camponês, filho de camponeses.” O Papa não ficou impressionado com isso.


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